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Levante o primeiro copo quem diz entender de cerveja. E não vale citar que manja as diferenças entre bebida clara, escura ou só degusta cerveja artesanal. O conhecimento sobre o ‘líquido sagrado’ do brasileiro se amplia e o ensino aplicado em escolas superiores para futuros mestres cervejeiros em todo o país estão aí crescendo cada vez mais. Mais produções, mais cursos, mais cerveja.

A gente não veio dar uma aula, mas quem quiser se iniciar no universo cervejeiro precisa absorver o básico e saber distinguir malte de lúpulo, levedura, fermentação, Dry Hopping… Amor, amor, teorias à parte. Afinal, aquela cervejinha refrescante que você bebe no boteco perto de casa esconde uma ciência cheia de complexidade em seu processo de fabricação, com várias etapas de produção e controle, para chegar finalmente na mesa de bar com a qualidade desejada.

Era de ouro

A introdução da cerveja no Brasil começou lá nos tempos do império, quando a produção ainda era pequena, feita por imigrantes para consumo próprio. Com o aumento dos impostos que inviabilizavam a importação das cervejas estrangeiras, como as inglesas e alemãs, a fabricação em terras brazucas ganhou força. Na década de 1850 começaram a nascer as primeiras cervejarias nacionais, com destaque para a Bohemia, a primeira do país. Não demorou muito para as cervejariaspioneiras atingirem grande escala de produção, tornando a cerveja a bebida mais popular do Brasil.

Grande mercado, forte concorrência. Na década de 80 vimos o boom global da cerveja que criou um novo mercado de micro-cervejarias e uma enorme variedade de produtos e estilos dentro do segmento. No fim da década de 90, mais precisamente no ano de 1999, as duas maiores cervejarias do país – Brahma e Antarctica – se fundem e a partir dali nasce a AmBev, maior produtora nacional de cervejas.

OS TEMPOS SÃO OUTROS

Chegou uma hora que o consumidor começou a querer algo a mais do que a loura gelada e os produtores responderam trazendo variedade e novos produtos para o mercado. Hoje temos uma busca muito maior pela apreciação da bebida o que possibilitou o surgimento da produção independente de cervejas artesanais. Micros-negócios se expandindo pelo país e oferecendo uma cartela de variedade muito maior e mais elaborada. Que tal mergulhar nessa história?

Por dentro da gelada

ÁGUA

Parece nada, mas é um dos ingredientes mais importantes do processo, não só porque representa quase 95% da sua composição, mas também porque minerais presentes nela como o cálcio, o sódio, o magnésio, entre outros, podem comprometer seu sabor. É por isso que uma profunda análise das características da água usada na fabricação pode ser determinante para a produção de uma cerveja de qualidade.

MALTE

Proveniente de um cereal comum – que pode ser o trigo, a cevada, entre outros – o malte se torna o grão que passa por uma série de procedimentos, entre eles ser umedecido, germinado e torrado, até que possa ser convertido pelo processo de fermentação e produzir o álcool. Através da escolha do malte será definido o aroma, o sabor e a característica da cerveja. O malte mais torrado, por exemplo, produz cervejas de coloração mais escura, enquanto os maltes menos torrados produzem cervejas mais claras, como a tradicional Pilsen.

LÚPULO

Sabe aquele amargor característico da cerveja? O lúpulo é a planta trepadeira responsável por esse gosto. Ele é adicionado no processo de fermentação, contribuindo com suas funções aromáticas.

LEVEDURA

São fungos que agem no processo da fermentação da bebida. E é aí que vem toda a aula de ciência. Eles atuam na quebra de açúcares resultante da mistura fervida de malte, água e lúpulo, fermentando a solução que se transforma em álcool e gás carbônico.

E O DRY HOPPING?

Muito usada na produção de cervejas artesanais, o Dry Hopping é uma técnica que acrescenta o lúpulo de aroma no final do processo de produção. Isso porque, muitas vezes durante o processo de fervura, esse aroma acaba se perdendo. E é através desse método que os óleos essenciais da planta influenciam o sabor da bebida.

Família cervejeira

As leveduras mais utilizadas na produção de cervejas especiais são:

  • As de alta fermentação, que agem em temperaturas de até 25 graus e geram aromas de frutas e especiarias e produzem as cervejas da família ALE – Algumas das ALES mais consumidas são as IPA (India Pale Ale), as English Pale Ale e as belgas Strong Golden Ale e Stout.
  • As de baixa fermentação, da família LAGER, que atuam em temperaturas entre 9 a 15 graus e criam aromas que lembram pão e cereais. Algumas das LAGERS mais consumidas são as Pilsen e Bock.
  • As de fermentação espontânea, conhecidas como LAMBIC. Sua produção depende dos levedos presentes no ambiente, os quais são encontrados somente numa pequena área ao redor de Bruxelas. Por isso ela é mais difícil de ser encontrada e tem o preço mais alto.
HARMONIA É TUDO

Agora que a cerveja tá pronta e você conseguiu (após muitas degustações) identificar seu sabor predileto, tá na hora de saber acompanhar a bebida com um delicioso prato. Mas assim como o vinho, a cerveja também sugere combinações que possam aguçar ainda mais o paladar. Mas isso não é complicado, já que a cerveja possui aromas e sabores mais evidentes.

Vamos lá, trouxemos dicas gerais e bem práticas para saber como combinar cerveja com comida:

Cervejas leves, como as da família Lager, acompanham comidas leves. Já cervejas mais fortes e encorpadas como as ALE harmonizam com comidas mais pesadas e gordurosas.


Isso vale para comida picante. Aposte em uma cerveja mais amarga, que contém mais lúpulo. Ele corta o efeito das pimentas muito fortes, assim você distingue bem os sabores tanto do prato quanto da bebida.


Vai comer um assado ou grelhado? A dica é tomar uma morena. Cervejas escuras (que recebem essa cor devido aos maltes escuros, de cereais mais torrados) ganham um sabor mais tostado e as vezes adocicado, contrastando deliciosamente com o sabor desse tipo de prato.

Fonte: Revista Use Reserva

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